Filha de uma família tradicional da aristocracia rural pernambucana, Tereza teve uma educação bastante rígida e repressora. Mas através da arte expressava seus sentimentos, pois começou a pintar ainda criança, ingressando na Escola de Belas Artes com apenas 15 anos. Durante 14 anos foi casada e teve duas filhas: Maria Tereza e Laura Francisca. Durante este período, se dedicou quase que exclusivamente à pintura o que fez com que fosse contemplada com três prêmios do Museu do Estado e outro da Sociedade de Arte Moderna. Em 1962, realizou a primeira grande exposição, na Editora Nacional.
No mesmo ano, Tereza envolveu-se com Diógenes Arruda, dirigente do Partido Comunista. Começou um romance arrebatador, que a levou a fugir da cidade, deixando para trás o casamento falido. Em São Paulo, por motivos políticos, viveu na clandestinidade até 1969, quando seu companheiro foi preso. Aproveitou o tempo fora de Recife para se dedicar à arte e aos estudos, formando-se em história na USP. Depois de formada, passou a dar aulas de História para vestibulandos e a trabalhar como paisagista em um escritório de planejamento.
Em 1972, quando Arruda foi libertado. O casal seguiu exilado para o Chile. Entretanto, não tardou a chegada do Golpe, que obrigou Diógenes, novamente, a se mudar. Tereza e seu companheiro foram para Paris, onde passaram seis anos. Afastada das filhas, dos irmãos, a artista abandonou um pouco a própria vida, para ser a mulher do líder comunista. Mas em momento algum parou de pintar. Expôs seus quadros, assinando com o nome de Joanna. Fez doutorado em História, na Escola de Altos Estudos da Sorbone, na França, escolhendo a história do proletariado brasileiro como tema para sua tese.
De volta ao Brasil, em 1979, Tereza sonhava em reconstruir sua vida. Mas depois de tantas tristezas, torturas, exilado de sua Nação, Diógenes não resistiu à chegada no Brasil e morreu de ataque cardíaco, deixando Tereza completamente arrasada. Com todos os acontecimentos na sua volta ao Brasil, ela teve que resgatar a vida que havia deixado para trás e decidir o rumo da sua vida. Desta vez, sem seu grande amor: Diógenes.
Firmou-se como artista plástica de destaque em Pernambuco. Comprou uma casa em Olinda, onde mora e pinta. Fez mestrado em História na UFPE e começou a trabalhar na Prefeitura de Olinda. Foi diretora do Museu Regional e, por 12 anos, do Museu do Estado de Pernambuco. São Paulo, Rio de Janeiro, Lisboa, Paris, Cuba entre outras cidades foram cenário para as exposições da artista que escolheu o Museu do Estado de Pernambuco como local para comemorar seus 80 anos de vida e arte.
Ateliê Tereza Costa Rego
Rua do Amparo, nº 242, Amparo, Olinda-PE
Telefone: (81) 3429-2008
CEP:53.020-190
e-mail: tereza@terezacostarego.com.br